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Vicente Romero
Maio 2021

MP para estimular criação de empresas está em tramitação na Câmara dos Deputados

Medida provisória tem como meta melhorar posição do Brasil no Doing Business

Por Victor Grieger
O governo federal editou a medida provisória (MP 1.040/2021) para facilitar a criação de empresas e desburocratizar negócios no Brasil. O texto pretende também simplificar regras para o comércio exterior e ampliar a competência das assembleias gerais de acionistas. A medida foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 30 de março, e tramita na Câmara dos Deputados.  

“A medida reúne pontos interessantes como a possibilidade de pesquisa do nome empresarial permitindo a automação da consulta prévia para analisar se já há utilização do nome por outra empresa. Para a abertura de novos negócios em prefeituras, procedimento que leva algo em torno de 90 dias, não será mais necessária a consulta prévia para deferimento das atividades a serem praticadas no local indicado. Além disso, a MP traz a unificação das inscrições Estaduais e Municipais, tornando-se o CNPJ [Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica] a inscrição padrão", avalia Guilherme Fernando Vilela, advogado do escritório Vicente Romero Sociedade de Advogado.

A meta da MP é melhorar a posição do país no Doing Business, ligado ao Banco Mundial. Lançado em 2002, busca avaliar a vida das corporações e analisar a capacidade delas em fazer negócios em 190 países do mundo. Atualmente, o Brasil ocupa o 124ª lugar no ranking. Em primeiro lugar aparece a Nova Zelândia. Estados Unidos e China (Hong Kong), as duas maiores economias do mundo, figuram na sexta e terceira posições, respectivamente.

O advogado pontua outras alterações previstas pela MP, entre elas, a dispensa do reconhecimento de firma para o registro do contrato social da empresa em juntas comerciais e a facilitação para inscrição em órgãos municipais e estaduais como Vigilância Sanitária e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

A medida provisória recebeu 252 emendas de deputados federais e precisará passar pelo Senado.